sexta-feira, junho 05, 2009

Tokalon

Isto de andar a pesquisar publicações periódicas de tempos idos tem a sua graça, sim senhor. Há uns meses pus-me a folhear A Mocidade, e ainda trouxe para aqui escabrosos relatos da pequena actividade criminosa da época. Por estes dias ando a braços com O Diabo. Não o da Vera Lagoa, está claro, mas o semanário lisboeta que se publicou entre 1934 e 1940.

Não pude deixar de reparar, tanto pela excelência das ilustrações como pelos argumentos publicitários, no quanto o creme feminino Tokalon investiu nas páginas deste jornal com vista à promoção do produto junto das mulheres lusas, associando, como poderão ver, os pretensos efeitos benéficos do cosmético com a mais que provável felicidade marital das suas clientes. A palavra "marido" é, neste contexto, absolutamente fulcral, quer se trate de o encontrar, manter ou reconquistar. Deixo aqui quatro exemplos da sombria estratégia publicitária da Tokalon (clicar para aumentar), prevendo já a indignação das leitoras mais acesamente feministas. Para as menos feministas, lembro apenas que o creme está à venda em todos os bons estabelecimentos. Não encontrando, dirija-se à Agência Tokalon - 88, Rua da Assunção, Lisboa - que atende na volta do correio. Whatever that means...





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