Ljubliana está repleta de portugueses. Em nenhuma outra paragem desta incursão, Budapeste incluída, me deparei com tantos compatriotas, de todas as idades, em grupos de amigos ou em família. Apercebo-me que a minha mãe não deve ter sido a única a ter assistido a certo programa de televisão, no qual se exaltavam os encantos da capital eslovena. Reza a lenda que foi aqui, nos outrora pântanos do rio Ljublianica, que Jasão derrotou um terrível e gigantesco dragão. O mítico animal tornou-se assim símbolo da cidade, numa curiosa homenagem ao interveniente derrotado em detrimento do heróico vencedor. Dois dragões ladeiam por isso a entrada da principal ponte sobre o estreito rio. Deixamo-nos vaguear pelo centro a manhã toda, e culminamos a nossa curta passagem por Ljubliana com uma visita ao castelo (oh íngreme escalada!) e um almoço ligeiro no café do parque Tivoli. Numa cidade tão perfeita e arrumada, com um espírito tão arejado, até os pardais vêm comer às nossas mãos, crentes ainda na talvez inata bondade do género humano.
Passamos o resto do dia em viagem de carro de volta a Budapeste. A necessidade de evitar a onerosa auto-estrada eslovena leva-nos por demorados troços secundários: Ljubliana - Celje - Maribor - Murska Sobota e depois, já na Hungria, Keszthely, e daí, já mais acelerados, até à capital. Chegamos exautos a casa. O corpo não aprecia estes longos trajectos, sempre na mesma posição. A mente ressente-se também de abruptas deslocações espaciais. Adormecemos.
1 comentário:
Igen!!!
nagyon jó együtt aludni!
szeretlek, kutyuli!
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