quarta-feira, setembro 17, 2008

Dia décimo nono. A cidade e a longa viagem para casa


Ljubliana está repleta de portugueses. Em nenhuma outra paragem desta incursão, Budapeste incluída, me deparei com tantos compatriotas, de todas as idades, em grupos de amigos ou em família. Apercebo-me que a minha mãe não deve ter sido a única a ter assistido a certo programa de televisão, no qual se exaltavam os encantos da capital eslovena. Reza a lenda que foi aqui, nos outrora pântanos do rio Ljublianica, que Jasão derrotou um terrível e gigantesco dragão. O mítico animal tornou-se assim símbolo da cidade, numa curiosa homenagem ao interveniente derrotado em detrimento do heróico vencedor. Dois dragões ladeiam por isso a entrada da principal ponte sobre o estreito rio. Deixamo-nos vaguear pelo centro a manhã toda, e culminamos a nossa curta passagem por Ljubliana com uma visita ao castelo (oh íngreme escalada!) e um almoço ligeiro no café do parque Tivoli. Numa cidade tão perfeita e arrumada, com um espírito tão arejado, até os pardais vêm comer às nossas mãos, crentes ainda na talvez inata bondade do género humano.

Passamos o resto do dia em viagem de carro de volta a Budapeste. A necessidade de evitar a onerosa auto-estrada eslovena leva-nos por demorados troços secundários: Ljubliana - Celje - Maribor - Murska Sobota e depois, já na Hungria, Keszthely, e daí, já mais acelerados, até à capital. Chegamos exautos a casa. O corpo não aprecia estes longos trajectos, sempre na mesma posição. A mente ressente-se também de abruptas deslocações espaciais. Adormecemos.

1 comentário:

S disse...

Igen!!!
nagyon jó együtt aludni!
szeretlek, kutyuli!