sábado, agosto 30, 2008

Dia décimo primeiro. Arrumações. Gül Baba


Pouco a dizer acerca deste pálido dia. Até às cinco da tarde, acedo ao pedido de S. de a ajudar em casa com arrumações várias, transportando daqui para ali sacos, caixas e caixotes. Durante as pausas, entretenho-me com as olimpíadas e leio no Cálssio que o meu bom amigo A. acaba de dar gigantes passadas rumo à conclusão da sua licenciatura. Belo!
Ao fim da tarde, e antes de S. me arrastar mais uma vez para um bufê de sushi não muito longe da Estação Oeste, tentamos visitar uma antiga casa otomana, do tempo da ocupação turca. Já passa das seis e casa está já fechada, vedada a visitas até ao dia seguinte. É-nos ainda assim possível apreciar a estátua de corpo inteiro de Gül Baba (foto), de turbante e túnica vestido, do qual vimos mais tarde a saber tratar-se de um poeta que acompanhou o sultão Suleiman, o Magnífico, nas suas campanhas europeias e que faleceu nesta cidade em 1541.
Após o jantar, tenho a infelicidade de passar um par de entediantes horas com S. e dois amigos seus. A bárbara língua, quando em imperceptível e continuado exercício, tem o dom de por vezes me aleijar os sentidos. Estou fora do assunto, fora da conversa, não percebo uma palavra.
Vou para casa aborrecido e só consigo adormecer muito tarde, assolado por sonhos e conjecturas de vária ordem. Suspeito, por semelhantes experiências anteriores, haver algo no peixe cru que me perturba o sono e o repouso das ideias.

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