terça-feira, agosto 26, 2008

Dia décimo. Banhos. Festa em Buda


Hoje conseguimos por fim visitar um dos muitos banhos por que também é conhecida a cidade. Fűrdo, é como lhes chamam aqui, no bárbaro idioma. Fomos aos do Parque Liget, de nome Szécheny, fundados no início do século XX e integrados num vasto e já antigo complexo de recreio, do qual fazem também parte um circo permanente, um parque de diversões, um jardim zoológico, e o restaurante Gundel, requintado e elitista.
A experiência dos banhos assemelhou-se a certas (não todas) ejaculações por mim já experimentadas. Cá fora, três distintas piscinas, duas quentes e uma fria, com jactos de água para o lombo e diversas zonas de jacuzzi. Nas diversas áreas interiores, outros tantos recintos de prazer e deleite: a sauna, seguida de uma imersão em água gelada; a sala de vapores escaldantes, igualmente seguida de uma área para duches frios; e depois as piscinas de água quente, bálsamos para o corpo, maravilhosas a todos os níveis. Comentámos que seria uma coisa a repetir indefinidamente, por todo o curso da vida, tal foi o prazer experimentado em quase duas horas de banhos.
Ao final da tarde, deslocámo-nos a Buda, à casa do pai de N., para uma celebração familiar do seu aniversário. Deslumbrante a viçosa vista a partir da larga varanda, onde, entre iguarias várias e camparis com sumo de toranja, pude verificar que, em alguns dos presentes, o meu país causara impressão semelhante àquele que este país me tem causado: exercício feliz da criação divina, ao que o homem acrescentou iguais felizes obras. As desventuras da história, claro está, tiveram de ficar para uma outra mais sóbria conversa.

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