segunda-feira, junho 05, 2006

Poetas antigos, versos desconhecidos (3)

3

Um velho sábio de olhos transparentes,
que nos pousava a mão no ombro com ternura,
depois de ver nos livros e nos tubos de ensaio
o destino dos homens,
queimou os livros todos e afogou-se no rio.
E nunca mais ninguém nos pousou a mão no ombro
com a ternura do sábio que se afogou no rio.

Mário Dionísio

5 comentários:

Mariana Matos disse...

Bonito. :)

AR disse...

Adorei o poema!

Anónimo disse...

poesia é escrever o nosso ponto de vista das coisas que vimos e sentimos

Jessica Albertina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jessica Albertina disse...

O poema é muito bonito

Já agora eu também sou "poeta", e no meu blog tenho os poemas que escrevi até agora, gostaria de saber se os também poderia divulgar no seu blog