segunda-feira, janeiro 23, 2012

Eduardo Jorge escreve sobre "Podgorje 8" (a propósito de um outro poema)

reina:
sem dentes,
disse a passagem
das unhas sobre
a pele e 
vibravam em si.
segunda falange
à esquerda
enquanto as unhas
sulcavam o pasto
deduzindo
almoço na relva.
os cascos vazios
de número 16
estavam imprecisos
para os pés,
restava dizer
em voz de porco:
abrir sulcos.
um cachorro
seu colar
elisabetano caseiro
incluía abajur
no reino animalia
lia a terra aberta 
com o focinho
joão e sofia,
se dissesse a fábula
moravam longe,
muito longe:
eles têm um quintal celta e um cão que late em pensamento.

2 comentários:

Flávio Ricardo Vassoler disse...

Olá, João! Tudo bom?

Parabéns pelo seu mais novo livro, gajo!

Pedi que você me enviasse o anterior, mas...

Será que você me envia esse? Olha só o meu email: within_emdevir@yahoo.com.br (Te passo meu endereço por lá.)

Neste domingo os "Quartos Escuros" percorrerão o Subsolo.

Um abraço,

Flávio Ricardo

S disse...

<3 lindo!