já noite dentro vimos então um sapo
um vulto escuro e lento
destacado contra o murete caiado
à luz mortiça de uma lua nova
só dias mais tarde, semanas,
lembrados do sapo gordo e nocturno
nos veio à cabeça a tal cançoneta de infância
e o batráquio animal, de boca torta,
pareceu-nos já outra coisa:
o tempo, aquele olhar
a existência
tudo comeu
nem ofereceu
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