Lava a jato
véspera de feriado tudo o que é fosco
reluz o esforço para sair desta cidade
não resultou em absolutamente nada
essa espuma ali perto do maracanã
morrendo de medo no sinal você
quer biscoito globo outro vôo e
a praça da bandeira desembarca
no viaduto que mais parece
um poleiro os carros de longe
dormem mas eu subo furiosa
acelerando todas e confesso na
lata na lataria luzente ainda
daquela vez combinamos contar
os segredos mais guardados sabe
o que escrevi - sempre que me
confundo semânticas sem querer
e depois misturo a própria semântica
com outras fraudulências é um lance
é um dado eu detesto ficar parada
vamos, tem que ter outra saída
in Nave
Calendário
Volto do ponto morto. Ferve onde
não deve, no motor com estilo e água
à vontade. O gênio que trabalha esses
vapores imprime grato a graxa. Cada
peça passa, cada dia uma retífica
como se fosse a vida. Também abrasa
a lataria - talvez se locomova. Por
fora figuras que ligam tudo e
um mês ao outro e ainda depois.
in Algo do Gênero
Sem comentários:
Enviar um comentário