sexta-feira, novembro 24, 2006

árvore. homem

vi o homem deitado de borco nas lajes frias do largo antigo.
ali, em pleno centro histórico
onde há muitos e longos anos
segundo certo fotograma
crescia um plátano egoísta

repito:
ontem um plátano florescente
hoje um homem de borco, adormecido
por nossa imensa culpa

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